quinta-feira, 31 de julho de 2008

Linden Lab prepara-se para o futuro OpenSim

A empresa que criou o Second Life, quer assumir a liderança na interoperabilidade entre regiões. Um futuro no qual o grid do Second Life (SL) é um concorrente pequeno em um crescente metaverso de composto por milhares de mundos virtuais concorrentes soa como algo ruim para a Linden Lab. Mas os executivos da empresa dizem que este é exatamente este o plano.


Na esteira do primeiro teleporte entre o SL e uma região OpenSim, o vice-presidente da Linden Lab, Joe Miller, conhecido no mundo virtual como “Zero Linden”, falou à agência de notícias Reuters sobre as estratégias de longo prazo da empresa.

A Linden Lab está empenhada em desenvolver um conjunto de protocolos que permita a interoperabilidade entre diferentes mundos virtuais. “Grupos convencionais levam muito tempo para firmar um acordo”, diz Miller. Por meio da parceria com a IBM, a Linden Lab quer assumir a liderança na interoperabilidade entre regiões OpenSim e o SL.

Cercada de competidores por todos os lados, incluindo a recente chegada do Google na área de mundos virtuais, a Linden Lab depende do OpenSim para incrementar sua forte posição na indústria de mundos virtuais.

“Queremos ampliar o mercado para mundos virtuais o mais rápido possível”, explica Miller. “O mercado precisa ser muito maior do que ele é hoje.”

No Brasil, o projeto que ganha destaque é o LifeSim, da StudioGrafics. A empresa desenvolve o primeiro Metaverso privado da América Latina com tecnologia OpenSim. E para atrair o público está realizando um concurso, onde oferece uma região inteira gratuitamente por 12 meses. Isso equivale a uma ilha completa, com 65.000 m2. A imagem ao lado mostra como o processo de construção no LifeSim está avançando. É uma réplica do Teatro Pedro II, de Ribeirão Preto, sede da empresa.


OpenSim: salvador ou competidor?

À primeira vista, parece que o OpenSim enfraquecerá o modelo de negócio da Linden Lab. Enquanto a empresa fatura por meio de taxas no sistema de câmbio virtual LindeX e de outras atividades, a essência do modelo de negócios continua sendo o gerenciamento de ilhas virtuais.

Este é um exemplo do potencial de construção no LifeSim
(o projeto OpenSim pioneiro no Brasil).


Todas as terras virtuais do SL (exceto algumas regiões hospedadas pela IBM) estão em servidores gerenciados pela Linden Lab. Avatares que compram ilhas virtuais – período de hospedagem nos servidores da empresa – pagam uma taxa mensal pelo serviço. Apesar da expectativa por novos usuários, falhas técnicas e diminuição da base de usuários premium, a receita gerada pelo provimento de ilhas virtuais continua crescer 44% de um quadrimestre para outro.

O desafio para a Linden Lab é o de que o monopólio está no fim. A empresa abriu o código de seu navegador 3D em janeiro do ano passado. Mas, até agora, ela mantém o código de servidores a sete chaves.

Com o código público do navegador, programadores mais perspicazes podem deduzir como os servidores da Linden Lab executam a infra-estrutura do SL. O projeto OpenSimulator, mais conhecido como OpenSim, cresceu rápido para oferecer muitas das funcionalidades disponíveis no SL, mas sem ter seus códigos rodando nos servidores da Linden Lab ou dinheiro indo para os cofres da empresa. Um grupo de pioneiros já começaram a migrar para os mundos OpenSim.

Novo modelo de receita

Se a Linden Lab fatura a partir da hospedagem de ilhas virtuais, e o OpenSim pode prover áreas cobrando muito menos do que a criadora do SL pode oferecer, como ela poderá sobreviver? E por que a Linden Lab está tão emprenhada na interoperabilidade entre o SL e o OpenSim?

Uma ilha como esta, pode ser administrada direto do LifeSim.
(A StudioGrafics vai oferecer uma grátis, para o melhor projeto).


Segundo Miller, o plano da empresa é identificar serviços de valor agregado que ela possa oferecer a um mix caótico de grids OpenSim. Ele se negou a comentar exatamente qual estratégia a empresa seguirá.

Mas Miller deu algumas pistas de como a Linden Lab espera obter êxito em um cenário dominado pelo OpenSim.

“Posso imaginar a Linden Lab oferecendo serviços econômicos, de comércio e de buscas”, diz Miller. Alguns OpenSim devem respeitar a propriedade intelectual e as funções de comércio da Linden Lab. A moeda virtual linden dólar, que tem boa reputação de solidez, deve ser adotada como o padrão de excelência das moedas virtuais.

Miller também citou o papel que a VeriSign tem na administração da rede de endereços “.com” e “.net”. Segundo ele, a Linden Lab pode não só ter um papel importante entre os mundos OpenSim e o grid do SL, mas entre outros universos OpenSim não conectados.

A curto prazo

Miller enfatiza que a evolução de uma companhia que vende ilhas virtuais para a de um backbone de infra-estrutura para diversos mundos OpenSim será lenta. Segundo comunicado recente divulgado pela Linden Lab, a prioridade da empresa a curto prazo é a melhoria da experiência de uso do SL.

Podemos nos orgulhar, pois o nosso país já tem o representante sério,
nesta nova tendência mundial - os Metaversos OpenSim.

Mas os executivos da empresa acreditam que o dia do OpenSim está chegando e prometem não só colaborar para isso, mas continuar aprimorando o próprio SL. “Aguardamos ansiosos pelo dia em que valor de entrar no grid do SL será claro sobre todo o valor de entrar em um grid OpenSim”, diz Miller.

Origem: Estadao.com.br

Para mais informações sobre o LifeSim:
(11) 2598.5977 // (11) 8400.9116

Email: jeanliberato@gmail.com
SL Guru - Consultoria Full Service em Mundos Virtuais


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