
A conclusão é da pesquisa "Just Like Me, but Better" (igualzinho a mim, só que melhor), feita pelas professoras Suely Fragoso e Nísia Rosário, do programa de pós-graduação em comunicação da Unisinos (Universidade do Vale do Rio dos Sinos, no Rio Grande do Sul) e apresentada na 6ª Conferência Internacional em Cultura, Tecnologia e Comunicação, no mês passado, na França.
Reprodução Cena captada no ambiente virtual Lively, lançado pelo Google e tido como concorrente do Second Life Cena do Lively, lançado pelo Google para concorrer com o Second Life; usuários querem ser atraentes e fortes em avatares.
O interesse pela segunda vida surgiu na terceira tentativa de Fragoso em se inteirar do ambiente virtual (secondlife.com), que, recentemente, ganhou concorrência do gigante Google, com o lançamento do Lively (www.lively.com).
"Comecei, como todo mundo, visitando lugares, falando com as pessoas, observando. Logo quis ir mais fundo e aprender a fazer coisas. Construí sapatos, casas, móveis, experimentei com scripts (que deflagravam ações nas coisas e nos avatares), resolvi mexer com os próprios avatares, brincar com as possibilidades de formas, peles, roupas, acessórios. A essa altura eu já estava muito incomodada com a aparente falta de imaginação que reina no Second Life", disse a professora à Folha.

"Para fazer a pesquisa, antes de mais nada, tínhamos que considerar a possibilidade de que o nosso olhar estivesse contaminado. Era possível que víssemos avatares todos iguais porque só víamos um tipo de avatar, o criado pelo usuário do mundo ocidental."
A dupla pesquisou 61 avatares de 19 nacionalidades, como brasileira, alemã, chinesa, russa e sul-africana. Ao fim da pesquisa, que durou três meses, as professoras descobriram que existe um padrão de beleza entre os avatares.
"São todos muito simétricos, com boa proporção. O padrão de beleza é essencialmente caucasiano: a imensa maioria dos avatares são altos, de pele clara, cabelos lisos, corpos longilíneos. Embora esse seja um padrão relativo a um tipo étnico bem definido, atravessa todas as culturas, aparece em avatares do mundo todo."
Origem: Folha de São Paulo (imagens retiradas do Orkut).
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