quinta-feira, 29 de maio de 2008

Os vídeo-games são uma ameaça real para a sociedade?

Sei que muita gente, incluindo a mim, não considera o Second Life um game, porém, é inegável que a maioria é fanática por games e os jogam regularmente.

Com base nesta afinidade que temos e na reportagem que foi ao ar no último domingo (25/05) no Fantástico da rede Globo, resolvi postar algumas opiniões sobre isso.

Assistam ao vídeo:



Se não abrir o vídeo acima, clique aqui

E aí? Vamos manter a hipocrisia acima da realidade? Falo isso, pois, além de "game-maníaco", colecionador de consoles antigos (destaque para meu Atari 2600 na caixa. Com manual, nota fiscal e tudo mais, sem falar nos 30 cartuchos e o melhor, funciona feito novo rs.rs.rs.); sou pai de 3 crianças (8, 5 e 3 anos) que, como não poderia ser diferente, também adoram vídeo-games.

Sinceramente é um absurdo o Ministério Público preocupar-se com games, ao invés de olhar para o péssimo sistema de educação pública de nosso país (é uma atribuição constitucional do MP também zelar por isso).

Querem tapar o Sol com uma peneira, pois, os dois títulos proibidos no Brasil (Counter Strike - aquele dos tiros e Bully - adolescentes que devem ofender amigos na escola) são facilmente encontrados em camelôs, bem como, quem realmente os quiser, localiza os dois títulos, totalmente gratuitos na Internet, através de comunidades especializadas para este fim. Portanto é ser hipócrita acreditar que proibir resolverá, ou acabará com o problema.

E mais, será mesmo que nosso país não precisa de mais atenção em outros setores? Poxa, convenhamos; as famílias de hoje são realmente mal formadas, nunca vi tantas crianças sem limites! E isso vem de berço, vem da ineficiência dos pais destas crianças em sua educação, não é culpa dos vídeo-games. Meus filhos jogam títulos violentos, mesmo sendo crianças (lógico, não jogam ainda CS. não sou estúpido, mas o meu garoto de 5 anos adora Resident Evil, e nunca vou proibi-lo de jogar).

Porém, minhas crianças são bem educadas, pois lhes mostramos os limites e assim não desenvolvem a necessidade de extravasar suas frustrações em seus coleguinhas, como já ocorreu com outras crianças da mesma escola ou do prédio em que moramos e pudemos perceber (eu e minha esposa) que tratava-se de falta de educação que vinha de casa, pais mal preparados, sem interesse em criar filhos, ou sem saber como fazer isto!

Com certeza a falta de atenção do Estado em premissas básicas como Educação, Cultura e Saúde, levam a esse despreparo dos pais. Desestrutura a família, que é a célula base da sociedade e aí vem uma meia dúzia de senhores engravatados e jogam a culpa nos vídeo-games! Fácil não?

Portanto, para mim é ridículo afirmar que um vídeo-game por mais violento que seja é o responsável por condutas imorais ou até criminosas perante os olhos da sociedade. Cresci jogando games violentos, assistindo a desenhos animados violentos e nem por isso, saio por aí dando sopapos ou tiros no primeiro que vejo.

Será mesmo que é necessário proibir a venda destes games? Para mim, basta a tarja indicativa na caixa do jogo, até porque o jovem que quiser acessar o título proibido o encontrará facilmente em outros lugares, como a Internet ou o camelô. E aí caberá a sua família estar atenta ao que seus filhos consomem e praticam. Mesmo eu achando que dar um tiros virtualmente é um excelente exercício para aliviar o stress. Se não querem filhos fazendo isso, prestem mais atenção em seus filhos. ;)

*Jean Liberato (consultor em web, especialista em redes sociais).
SL Guru – Consultoria Full Service em estratégias e negócios no Second Life
(11) 8400.9116/(11) 4129.2072


Origem: mundolinden.com
Publicidade:

Nenhum comentário: