sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Avatares famosos ficam nus em protesto ao roubo de skins e conteúdos

Campanha da I.P. Rights visa conscientizar usuários a não comprarem material pirateado no Second Life.

"Roubo de conteúdo deixa nossos traseiros sem roupa". Esta é uma tradução grosseira para o slogan de uma campanha publicitária que visa conscientizar residentes do Second Life a não comprarem artigos provenientes do furto de conteúdo autoralmente legítimo. "Tenha orgulho da skin que você veste... exceto se o mesmo for roubado", é uma das várias frases de impacto empregadas na campanha, que conta com o apoio de Stroker Serpentine, CEO da Ilha Amsterdan e Caliah Lyon, dona da Muse Fine Jewelery, dentre outros avatares.

A reportagem entrou em contato com a organizadora da mobilização, Chez Nabob. "Esta campanha não significa o fim do problema, mas um primeiro passo na contra-ofensiva estratégica de tornar inviável, aos ladrões de conteúdo, utilizarem estes materiais para ganhar dinheiro ilicitamente, prejudicando assim os verdadeiros inovadores e donos destas peças".

Praticamente todos os criadores, construtores e scripters do metaverso estão conscientes do que está acontecendo em relação ao roubo de conteúdos. A questão é saber quantos usuários consumidores sabem que podem estar adquirindo material ilícito. Este é o objetivo principal. Quanto mais residentes estiverem conscientizados do problema, estarão mais alertas e pensarão duas (ou mais) vezes antes de comprar algo sem saber sua real procedência. Portanto, a campanha da I.P. Rights quer ampliar o conhecimento do problema e auxiliar todos aqueles que, de algum modo, se sentiram lesados, tanto no roubo de suas criações como para quem chegou à conclusão que comprou algo roubado, sem saber.

Nus

Um das coisas mais interessantes da campanha, além da linguagem de impacto, é o uso de fotos de avatares famosos, com poses em nu. O mais conhecido é Stroker Serpentine, da ilha Amsterdan. Ele é um dos residentes que há mais tempo reivindicam a preservação dos direitos autorais dos criadores do Second Life. Ele moveu uma ação em 2007 contra um outro avatar, Volkov Catteneo, que supostamente roubou os códigos de sua "SexBed", uma cama erótica com mais de 60 posições animadas, vendendo-a por menos da metade do preço.

Em seu cartaz, Serpentine menciona que "os criadores de conteúdo do Second Life pagam quando perdem vendas para os ladrões de propriedade intelectual". E que os consumidores perdem quando compram destes ladrões, pois incentivam os criadores a abandonar suas atividades. Já os ladrões, "pagam quando são pegos, pois a I.P. Rights está acionando eles nas diversas cortes jurídicas ao redor do mundo".

Caliah Lyon, da Muse Fine Jewelry, por sua vez pede que os "criadores e donos de lojas de artigos legítimos, não padronizem suas criações afim de dificultar o roubo de propriedade intelectual". Ela também convida aos residente se juntarem ao lobby junto à Linden Lab, com objetivo de exigir melhores medidas de segurança e, assim, proteger as criações de quem se esforça para realizá-las. Ou seja, "Não compre conteúdo roubado. Por favor, reporte qualquer material suspeito. Juntos, podemos fazer a diferença".

Com informações do VintFalken.com.
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