quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

Avatares do "Second life" vão falar
Empresa parceira da Linden, lança recurso que vai permitir que residentes falem dentro do metaverso SL. Testes deverão ser abertos ao público em algumas semanas.
Os avatares, representantes animados dos "residentes" do popular mundo virtual Second Life, serão ainda mais realistas: agora poderão ter sua própria voz, anunciou a empresa americana Vivox. Sediada em Massachusetts, a empresa informou nesta terça-feira (27) que sua tecnologia permitirá que os avatares tridimensionais que representam os jogadores em carne e osso do Second Life "conversem entre si, simplesmente caminhando na direção de outros moradores e falando".

Tudo que o residente vai precisar, segundo o blog da Linden Labs, é de um fone de ouvido com microfone. A idéia é fazer os avatares reproduzirem até a velocidade da fala e também a distância entre um residente e outro. A voz de quem estiver longe vai soar mais baixo, por exemplo. Por enquanto, o recurso só estará disponível para testes fechados para alguns usuários. Mas, no blog, a empresa promete abrir o serviço em algumas semanas para todos os usuários que quiserem usá-lo. A fala dará outra dimensão ao Second Life, um mundo virtual com mais de quatro milhões de membros de 100 países, no qual os 'residentes' criam e constroem lares, veículos, clubes noturnos, lojas, paisagens, roupas e jogos.

A plataforma Second Life é uma sofisticada proposta criada pela Linden Lab, uma empresa sediada em San Francisco e fundada em 1999 por Philip Rosedale para criar uma revolucionária forma de experiência partilhada em 3D. Rosedale, ex-diretor tecnológico da RealNetworks, é pioneiro no desenvolvimento de vários meios de acesso a arquivos de computação de áudio e vídeo sem download. Lançado há quatro anos pela Linden Lab, o Second Life permite a seus personagens se comunicarem via mensagem instantânea, mas, com a nova tecnologia, a experiência será incrementada.

"A voz integrada é uma extensão natural do mundo virtual que estes residentes estão construindo", disse o vice-presidente da Linden, Joe Miller. "A voz enriquecerá ainda mais esta comunidade e apresentará novas oportunidades de desenvolvimento social e de comércio", acrescentou. O programa de vozes incluirá áudio espacial para "refletir a vida real", fazendo com que as vozes soem como se produzidas por gente falando.

"O Second Life, com seu mundo criado por residentes e sua estrutura de alta imersão, é uma plataforma ideal para a interação social e de negócios", disse o chefe-executivo da Vivox, Rob Seaver. "A voz ao vivo é essencial para alcançar o potencial completo deste ambiente, em particular para propósitos acadêmicos, econômicos e de colaboração", acrescentou. Conscientes do lucrativo mercado que o Second Life representa, as corporações escolhem o site para promover suas marcas e vender on-line.

As lojas do mundo virtual vendem roupas, cabelo, pele e outros produtos fabricados com códigos computadorizados para personalizar os avatares ou equipar casas compradas e vendidas no "mercado imobiliário" do reino de mentirinha. Ferramentas simples permitem aos moradores usarem códigos de computador para criar qualquer coisa, de filmes a roupas, prédios e até naves espaciais. Os moradores são donos do que produzem e têm liberdade para vender suas criações.

Como ocorre no mundo real, as pessoas podem escolher por comprar, mais que fazer, bens virtuais. A divisa do Second Live é o Linden Dollar e no câmbio "no mundo real" os dólares são convertidos a Lindens e vice-versa. Os ingressos de Linden provêm de "impostos" sobre bens imobiliários e despesas pagas por aqueles que sobem de categoria a partir das comunidades básicas gratuitas.


Fonte: G1

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