Curso de pós-graduação vai formar especialistas em entretenimento interativo, um mercado em franca expansão na internet. Liberação do código do Second Life, jogo eletrônico que faz sucesso na rede, alavanca ainda mais a especialização.
O Instituto de Educação Superior de Brasília (Iesb) criou o curso de pós-graduação em desenvolvimento de jogos eletrônicos e interativos. O curso prepara especialistas na elaboração e aperfeiçoamento de games que são praticados e comercializados num mercado cada vez mais freqüentado na internet. Agora mesmo, os criadores do Second Life, um game que faz tremendo sucesso na rede, acabaram de abrir o código de programação, o que vai revolucionar o setor.
“Os brasilienses poderão agora aproveitar as inúmeras oportunidades que se abrem a partir dessa novidade”, diz o professor Francisco Osório de Carvalho Ramos, coordenador da pós-graduação em jogos eletrônicos do Iesb e especialista no assunto.
De acordo com ele, Brasília já possuía um grande potencial no ramo dos jogos eletrônicos, que agora fica bem mais amplo. “Com a abertura do código de programação do Second Life, é possível, entre outras coisas, desburocratizar todo o serviço público”, afirma Carvalho Ramos.
Isso significa que muitas possibilidades de atuação profissional vão surgir. “Esse jogo é o maior fenômeno mundial dos tempos atuais. Ele funciona na internet. Através dele, é possível criar uma cultura completamente nova no mundo, que representará o futuro das Relações Públicas e empresariais”, afirma o professor.
E continua: “Poderíamos, por exemplo, realizar uma modelagem completa de todos os órgãos governamentais, tanto do GDF quanto da administração federal, para tornar mais simples e eficiente a vida dos cidadãos, acabar com as filas para obter certidões e resolver problemas de gestão nos ministérios”, garante.
Ele detalha que o Second Life é similar ao The Sims (um god game), mas que é um mundo virtual que tem sua própria moeda, o linden (um dólar equivale a 270 lindens), com economia virtual que se expande a uma taxa de 300% ao ano. Muitas pessoas, empresas, inclusive do Brasil, já estão faturando alto com esse jogo.
O professor explica que o que diferencia o Second Life do The Sims é que os usuários do Life criam seus próprios avatares, que podem vender bens e ganhar dinheiro dentro do jogo. “Cada usuário compra lindens com seu cartão de crédito real e quando obtém algum ganho, troca por dinheiro real”. Carvalho Ramos cita como exemplo o empresário do ramo imobiliário Anshe Chung, que tornou-se famoso por ter ganhado, recentemente, 1 milhão de dólares (de verdade, diga-se de passagem) no Second Life, com sua construtora e corretora de imóveis virtuais.
De acordo com o especialista, tudo pode ser resolvido no mundo virtual e convertido para o mundo real. Ramos dá um exemplo: “A Volkswagen do Brasil entrou recentemente no Second Life, abrindo uma concessionária virtual e já vendeu 170 carros reais desde dezembro, atendendo a mais de 1.300 visitas virtuais por dia”. Ainda segundo o professor, a Petrobras entrou oficialmente no Second Life e já realiza reuniões com os avatares (representação virtual) de seus diretores, resolvendo problemas no mundo virtual e convertendo-os, depois, para o mundo real.
Ramos diz que tudo isso mostra que com os jogos eletrônicos e muita criatividade é possível ganhar muito dinheiro e ainda facilitar a vida das pessoas. O professor exemplifica, relatando os casos dos primeiros criadores de jogos digitais, que hoje são milionários. “John Carmack, criador e programador de Wolfenstein 3D, Doom e Quake, assim como Will Wright, pai dos jogos Sin City, The Sims e Spore, são alguns deles”.
Também existem vários brasileiros, segundo ele, fazendo sucesso no campo do entretenimento interativo. “O catarinense Marcos Cardoso Boyington trabalha, desde 2004, como engenheiro de software e programador no estúdio da maior desenvolvedora de jogos do mundo, a Electronic Arts, de Los Angeles, nos Estados Unidos”, informa o professor.
Inscrições estão abertas
A pós-graduação em desenvolvimento de jogos eletrônicos do Iesb tem carga horária total de 420 horas (aproximadamente um ano de curso), sendo 360 horas de aulas presenciais, mais 60 horas para elaboração de trabalho final, que consistirá no desenvolvimento de uma versão DEMO de um jogo 3D.
Como atividades complementares, são previstas palestras e workshops, tendo como convidados os mais destacados desenvolvedores de jogos digitais do Brasil. Também serão realizadas videoconferências, aproveitando o Núcleo de Educação à Distância da instituição.
As inscrições vão até o final do mês. As aulas começam no início de abril. Para obter maiores informações é só acessar o site www.iesb.br/pos e o telefone (61) 3340-3747 ou contatar o professor Francisco Ramos, pelo celular (61) 9988-9476.
Fonte: ComuniWeb
Um comentário:
Oi Debora,
Parab�ns pelo seu blog ;) e pelas not�cias actualizadas do Brasil em Second Life. Vou colocar o seu link no meu blog, convidado do jornal P�blico de Portugal, e espero que me visite e fa�a id�ntica divulga�o na comunidade brasileira.
At� breve ;)
Postar um comentário