quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Falso avatar testa paciência de usuários do Second Life

Pesquisadores britânicos criaram programa que controla avatar no mundo virtual. Objetivo é comparar reações das pessoas no mundo virtual com aquelas da vida real.

Pesquisadores do Reino Unido criaram um programa de computador que, na “pele” de um avatar (personagem) do programa virtual Second Life, adota um comportamento que pode ser considerado irritante. O objetivo desse projeto, diz a publicação “New Scientist” é fazer uma análise psicológica dos habitantes desse universo paralelo que reúne milhões de internautas de todo o mundo.

Usuários do programa Second Life criam avatar com as características
que bem entenderem, como mostra a imagem acima


Para realizar essa pesquisa, o bot (programa) inicia uma conversa com um avatar para, então, deliberadamente invadir seu espaço físico. Criado pelos pesquisadores Doron Friedman, Anthony Steed e Mel Slater, da University College London, o programa SL-bot deve ajudá-los a comparar a maneira como as pessoas se comportam na vida real e no ambiente virtual. A imagem do avatar controlado pelo programa não foi divulgada.

Em um dos testes, o avatar foi programado para encontrar outras pessoas que estavam sozinhas no mundo virtual. Assim que se aproximava delas, o SL-bot as cumprimentava pelo nome, esperava dois segundos e então ficava o equivalente a 1,2 metros de distância. Então, ele filmava a reação das pessoas durante os próximos dez segundos e enviava essas imagens para os pesquisadores.

Entre os avatares testados, 12 simplesmente se afastaram e 20 responderam à aproximação via chat. Em outra missão, o SL-bot observou outros avatares enquanto eles interagiam. Com base nessa análise, concluiu que as chances de alguém se afastar são seis vezes maiores quando o interlocutor fica a uma distância menor que 1,2 metro (o equivalente a essa distância no universo virtual).

Os pesquisadores tiveram de colocar um anel no dedo de seu personagem, para permitir que o programa pudesse controlá-lo – o Second Life não permite que máquinas controlem os avatares, mas isso é possível com objetos. Esse anel conecta o avatar ao software que controla suas ações e que filma tudo o que acontece a sua volta.

Segundo a “New Scientist”, esse software faz com que o avatar passeie pelo mundo virtual até encontrar outro personagem para interagir. Ele também pode expressar reações a estímulos, se alguém digitar uma palavra específica ou esbarrar nele. “Quando o avatar anda, ele é um pouco estranho. Parece meio bêbado, mas é uma ótima forma de coletar dados”, afirmou Friedman.

Origem: G1
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