segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Americanos usam o Second Life no tratamento do 'autismo'

Metaverso se tornou uma boa ferramenta na terapia de pacientes portadores da Síndrome de Asperger, considerada um tipo de 'autismo leve'.

A maioria o trata como um passatempo e uma parte até ganham dinheiro com ele. Mas na região de Dallas (Texas, EUA), um grupo de pesquisadores descobriu que o Second Life pode ser utilizado no tratamento do 'autismo', com resultados concretos e muito animadores.

O paciente Matt Kratz (foto) conseguiu realizar com sucesso uma entrevista virtual de emprego, onde ele conseguiu por em prática habilidades sociais do mundo real. Ele tem a "Síndrome de Asperger", uma forma leve de autismo. "Eu ouço as conversas dos outros, e consigo me orientar para poder participar, falando a coisa certa na hora certa", disse. Seu caso faz parte de uma nova terapia inovadora oferecida pela UTD Center for Brain Health, da Universidade do Texas em Dallas, onde pacientes interagem com outros, através de personagens digitais (avatares) no Second Life.

"O Second Life é uma espécie de 'estágio' entre o que acontece com o paciente no mundo real e no mundo 'virtual' em sua mente. Mas está além de uma simples terapia. É uma forma eficiente de construção de comportamentos sociais entre os portadores do autismo", afirma Sandra Chapman, diretora do UTD-CBH. "O avatar que conduziu a entrevista virtual de emprego de Kratz, é um médico presente em uma outra sala, preparado especialmente para solicitar respostas desafiadoras do paciente", revelou.

Portadores da Síndrome de Arperger geralmente tem inteligência normal, mas com algumas restrições cognitivas que implicam em mudanças nas suas habilidades sociais. Na terapia via Second Life, Kratz de fato treina seu cérebro para se adaptar e responder rapidamente. Com seu cérebro realizando novas conexões nervosas em suas células neurais, as mudanças comportamentais positivas do paciente são inevitáveis.

Kratz diz que a terapia já lhe ajudou em situações da vida real. E o potencial para este tipo de tratamento é bem amplo. "Não estamos perguntando como o cérebro trabalha, mas tentando fazê-lo funcionar melhor", disse Chapman. Treinar o cérebro para ser utilizado em diálogos em tempo real é possível, mesmo que seja num mundo de 'faz-de-conta'.

Origem: WFFA Channel 8 . Dallas.
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