Uma chinesa vendeu um trabalho artístico que ocupava um grande espaço de terreno virtual.
A artista chinesa Cao Fei, que no SL se chama China Tracy, vendeu uma de suas obras recentemente por US$ 100.000. Não foi um quadro, uma foto ou um filme que deu a Fei esta alta quantia: foi uma propriedade, um terreno criado por ela que atraiu a atenção do comprador, um colecionador de arte que preferiu não se identificar.
Cao Fei deu uma entrevista recente ao NY Times em que conta sobre seu interesse no metaverso: "A princípio eu estava curiosa sobre este mundo", disse ela de sua casa em Pequim. "Comecei a navegar pelo espaço e me divertir me tele-transportando por ali,
antes de me sentir atraída por uma variedade de residentes, novas comunidades, locais para entretenimento e novos negócios. Então eu tentei viver uma vida completamente diferente da minha", diz Cao Fei.
A chinesa já criou documentários virtuais em que conta suas experiências no SL sem diálogos ou vozes: usando apenas seqüências de imagens. Na vida real, Fei já tinha feito alguns curtas metragens com estilo documental mas foi seu documentário "i.mirror" todo captado em machinima (filmado dentro do metaverso), que rendeu a ela notoriedade no meio artístico. Tanto que em meados do ano passado, o filme foi exibido na Bienal de Veneza.
Cao Fei discute em seus trabalhos o mundo complexo que vê na China: um país que vive sob regime comunista e seu embate com o ocidente. Sua obra explora a relação entre realidades e "virtualidades". O terreno que ela vendeu, ou melhor, a idéia de um terreno, é uma proposta de manter esta discussão cultural viva e interativa: a RMB City (uma abreviação da moeda chinesa renminbi, ou yuan) será erguida com réplicas de famosas contruções chinesas misturando fantasia e surrealismo. O local ainda está em construção e custará cerca de US$ 12.000 para ficar pronto. Todo o trabalho está sendo documentado para entrar futuramente em um projeto maior, que será exibido em galerias de arte do mundo todo.
Veja abaixo um vídeo que exibe o conceito do espaço de Fei:
Origem: Second Life Informa.
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