quinta-feira, 15 de março de 2007

As brasileiras Kaizen e iG promovem mudança inédita em todo Second Life

As parceiras nacionais são as primeiras empresas no mundo a promover uma mudança na gestão do metaverso por parte da Linden Labs.


É fato: o brasileiro adora uma novidade na internet. Por aqui, quando um usuário acha algo diferente, já espalha para os amigos e, em pouco tempo, todo mundo está acessando. Foi assim com o ICQ, depois com o Orkut e começa a acontecer o mesmo com Second Life. A quantidade de brasileiros dentro do “Second Life” é tão grande que chamou a atenção da Kaizen, uma empresa de tecnologia de Bauru (a 326 km da capital paulista) com fortes raízes no mundo dos games.

De olho no universo virtual desde sua criação, a Kaizen Corp, que desenvolve sites e também trouxe o RPG online “Priston Tale” ao País, conseguiu convencer os criadores do game, a Linden Lab, a ceder uma licença inédita para a criação de novas áreas no jogo dedicadas ao público brasileiro. Até agora, todo o controle do universo virtual havia ficado exclusivamente nas mãos da Linden. Como parceiro na empreitada, veio o iG, braço de Internet da Brasil Telecom, que vai dar o suporte financeiro e tecnológico necessário. Mas, na prática, o que muda para os brasileiros que acessam o game?

Bastante coisa. Para começar, com a nacionalização do jogo, os brasileiros vão ganhar um suporte técnico robusto, nos mesmos moldes que os americanos têm. Além disso, toda a documentação do game, como tutoriais de construção, serão cuidadosamente traduzidos e adaptados. E esse conhecimento é vital para que se crie lugares atraentes dentro do game. “É um erro simplesmente recriar o que já existe no mundo real”, afirma Emiliano de Castro, gerente de marketing da Kaizen. “As pessoas querem ver coisas diferentes lá dentro. Prédios podem ter formas inusitadas e criativas. Se não for interessante, tanto na forma como no conceito, um empreendimento está fadado ao esquecimento”, completa Emiliano.

Pagamento — Também teremos vantagens na forma de pagamento. SL é gratuito, mas quem deseja construir e abrir negócios no jogo precisa pagar uma mensalidade. Na operação brasileira, além de pagamento com cartões de crédito nacionais, também serão aceitos pagamentos com boleto bancário. O câmbio de moeda — do L$ para o R$ — será muito mais simples, vantajoso e transparente, pois vai descartar os atravessadores, que cobram altas taxas.

Mas a maior sacada da versão nacional de SL é a forma como o território brasileiro será gerenciado. Hoje, quem deseja abrir um negócio precisa comprar uma ilha. E o maior problema de uma ilha é que ela fica lá, no meio do nada. Demora muito para que os usuários descubram sua loja ou balada e comecem a freqüentar. No território brasileiro, que estará integrado ao universo que já existe, enormes ilhas interconectadas, representando os maiores Estados brasileiros vão abrigar, como em um condomínio, os negócios de quem quiser colocar sua marca em evidência. A principal vantagem disso é que os usuários sempre terão um grande fluxo de pessoas passando por sua loja, como em um shopping center, aumentando as chances de seus negócios vingarem.

Por Jocelyn Auricchio
Agência Estado

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