segunda-feira, 12 de março de 2007

Residente do Second Life tem conta invadida e perde L$ 400.000

Conhecida designer de moda virtual Simone Stern relatou à reportagem da Herald que sua conta sofreu um desfalque de L$400.000 (lindens), o equivalente a cerca de 1.500 dólares americanos.


Em uma ação similar a outro grande roubo, ocorrido a cerca de duas semanas em DarkLife, o hacker primeiramente transferiu os fundos da conta de trabalho de Simone, uma avatar chamado Rica Wolfe, para outra conta. Na sequencia, repassou os lindens para Rica Beck, que transferiu para MandyLynn Bailey. Estes dois últimos avatares tem apenas 2 dias de criação ('nascimento'). Nenhum deles foi encontrado online para esclarecimentos.

Simone então contactou o único Linden online, Hermia Linden, para tentar achar uma solução. O membro da equipe não pôde fazer muito mais do que solicitar de Simone a troca imediata de sua senha e ligar para o escritório da Linden no domingo pela manhã. Hermia também informou que não estava autorizada a congelar as contas dos avatares acima mencionados, a pedido de Stern. Geralmente a Linden Labs leva uma semana para efetuar reembolsos aos residentes que solicitam investigação de desfalque.

Nem o sócio de Simone Stern, na RL, nem seus funcionários sabem as senhas dos avatares dela, pois havia mudado-as recentemente. O dinheiro virtual roubado inclue todo lucro formado com anos de trabalho e que colocaram o avatar de Simone entre os negócios mais rentáveis do Second Life. Nos fundos desviados incluem também divisas originária de um fundo de caridade, em que ela atua.

Simone Stern atuou na arrecadação de dinheiro para tratamento de Ayshe Millions, uma jovem sul africana com tumor cerebral, afim de tratar de seu 'neuroma acústico'. Há dois dias ela havia intermediado uma venda de terreno virtual, quase completando US$ 15.000 de arrecadação, em cerca de 1 ano, em prol da ajuda à Ayshe.

A residente teve o primeiro alerta quando descobriu, por e-mail, que um ítem foi acessado e incorporado ao seu inventário, sem que ela houvesse 'logado'. Ao perceber que haviam desaparecido L$ 400.000 de sua conta, descobriu também que o bandido havia lhe devolvido L$ 5.000 de 'presente'. A manobra pode ter sido feita para confundir as investigações da Linden. Ayshe Millions, que também tem acesso à conta de trabalho de Simone (Raica Wolfe), que detém seus fundos de arrecadação, também não havia acessado pois Stern trocou a senha a poucos dias, como faz rotineiramente.

Em vista dos seus esforços desmedidos pela causa humanitária de Ayshe, Simone Stern afirma que ganhou muitas críticas e até alguns inimigos, que não compreendem os motivos que a impulsionam nos esforço para arrecadação destes fundos de tratamento. Alguns levantaram a hipótese de que suas ações não passam de um ato 'fake' e que ela estaria embolsando o dinheiro. À eles, Stern avisa que tem documentação farta sobre todos os gastos feitos no tratamento de Ayshe (com verdadeiro nome mantido sobre sigilo) em Nova York. Uma comunidade idônea, de apoiadores familiares à causa de Ayshe, também confirma os esforços empreendidos por Stern em transformar 'ajuda virtual' em 'ajuda real', transformando os linden dolares em dólares americanos para este tratamento. Todo relatório de ações em ajuda de Ayshe podem ser a todo momento conferidos e examinados no Ayshe Angel's Blog.

Simone diz que não faz a menor idéia de quem seja o suspeito (ou os suspeitos) do roubo, mas afirma que a Linden tinha totais condições de congelar as contas por onde o dinheiro passou, impedindo que os linden dólares fossem convertidos em dólares reais pelo sistema PayPal. "A Linden sabe de todo caminho percorrido pelo seu dinheiro", afirma ela.

"Obviamente este roubo foi um ato de alguém que conhece meu trabalho, conhece meu avatar de trabalho e que sabia, de certa forma, que havia muito dinheiro lá e como acessá-lo", acrescenta Stern. "Mas pode ser também qualquer um que acessa o Second Life. Como meu trabalho é muito conhecido e minha land tem muito tráfego, tive visibilidade suficiente para atrair as ações de hacker virtuais".

Fonte: Second Life Herald.

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