domingo, 18 de novembro de 2007

Estudantes portugueses superam os brasileiros em projetos no Second Life

Os portugueses continuam trabalhando muito no Second Life, reinventando sonhos, quebrando barreiras e se divertindo. Em uma das iniciativas, a idéia de 'simular' o mapa português em uma ilha virtual. Enquanto isso, não se tem nenhuma notícia de projetos tocados por estudantes brasileiros no metaverso.


Conferir o que os portugueses fazem no Second Life pode revelar que muitos são os que procuram fazer algo diferente dos modelos pra lá de batidos e requentados por outros. Na Universidade do Porto, por exemplo, é contínuo o preenchimento das sandboxes de criação, do futuro espaço virtual da instituição, com as mais estranhas propostas, num mostruário que demora algum tempo a ser percorrido, mas - e vale a pena a visita - que indica as idéias das equipes participantes.

O estaleiro da Universidade do Porto está cheio de projetos
para o novo espaço virtual da instituição


O estaleiro prometido por Paulo Frias, professor responsável por esta "manifestação" está em alvoroço. Mas isso não consegue afastar as andorinhas postadas em fios, que mesmo com o inverno europeu na vida real, não parecem decididas a abandonar o Portugal virtual. Bem, o frio também não aperta no Second Life, é bem verdade.

100Limite

Talvez por isso mesmo se acaba pensando em desportos náuticos, aventuras submarinas e coisas assim. Boa desculpa para o segundo passo da nossa visita a terras da Linden Lab, que nos leva a observar o novo espaço do 100Limite, projeto do grupo GETA que estava integrado no "sim" Portucalis, mas agora mudou para um espaço próprio, todo ele dedicado a atividades de lazer, sendo algumas delas virtualmente radicais.

Enquanto "O Caneco", bar ponto de encontro do Portucalis continua sendo lugar de passagem obrigatória para a cavaqueira, os adeptos das modalidades já presentes ali podem seguir para o 100Limite, onde os esperam momentos cheios de adrenalina. A casa na árvore de Ana Lutetia, a mais internacional modelo virtual portuguesa, e as outras construções reveladoras de um bom gosto, que infelizmente falta em alguns espaços demasiadamente urbanos e caóticos do Second Life, traçam os eixos de um lugar onde o limite passa a ser a imaginação de cada um.

O mapa de Portugal

Ir além do que se imagina possível é também a proposta da Utopia Portugal, que reúne um grupo de 25 "sims" em um quadrante extremo do mapa virtual do Second Life. Ali, experimenta-se algo que poucos ousam fazer: transpor as coordenadas geográficas dos lugares reais para o metaverso eletrônico.

Isso permitiu criar o vale do Douro e a baía de Lisboa, com base em mapas geográficos reais. A informação tem, claro, de ser devidamente condensada para caber nas limitações do Second Life, mas o resultado é diferente, pois gera contornos nem sempre presentes nas paisagens do mundo virtual.

O departamento da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) que respira mundos virtuais, já assentou uma placa nas margens do Douro virtual, sinalizando a sua intenção de criar arraiais por ali. Os mentores do projeto esperam conduzir outras instituições de ensino para aquela "utopia", que pretende reunir projetos portugueses válidos numa mesma zona 'nacional' do Second Life. Ou seja, a formação e a efetivação da 'Mainland Portugal'.

Escrito por José Antunes, do Expresso Clix.

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