sábado, 24 de novembro de 2007

Seminário "Mundos Virtuais" procura prever o futuro do Second Life

As palestras puderam ser acompanhadas pelo sistema de voz do Second Life, que funcionou perfeitamente dentro do auditório, e também por projeções de Power Point nos amplos telões instalados.

O seminá-rio “Mundos Virtuais”, ocorrido nesta sexta, foi um belo exemplo de como o metaverso pode encontrar sua vocação. Extremamente bem organizado pelo estúdio Cafeína, o evento exibiu para um auditório lotado de participantes previamente inscritos um amplo painel de questões ligadas às novas plataformas 3D.

As palestras puderam ser acompanhadas pelo sistema de voz do Second Life, que funcionou perfeitamente dentro do auditório, e também por projeções de Power Point nos amplos telões instalados. Ao término de cada apresentação, sessões coordenadas de perguntas vindas da platéia permitiram aprofundar a discussão sobre os novos rumos da internet 3D. O objetivo principal do evento foi marcar o primeiro ano de “boom” do Second Life no território nacional.

Convidada a participar do evento, apresento abaixo um resumo das opiniões apresentadas, atendendo a alguns pedidos:

“O Second Life não é o único projeto de mundo virtual existente e nem sequer é o melhor. Sua vantagem em relação aos similares concorrentes está em ter aberto antes o código do seu client, o que permitiu sua explosão. O Second Life foi concebido como um universo vazio. Tudo que lá está foi construído pelos residentes. E, por ser de código aberto, muitos estão trabalhando em aplicações híbridas que permitem que o Second Life seja um ótimo substituto para caríssimas plataformas de simulação 3D. Já há experiências que permitem controlar o avatar do Second Life usando um controle de Wii ou esteiras com sensores. Já temos amplos cases de estudos médicos e biológicos que utilizam o Second Life como ferramenta de simulação e, mais recentemente, foi descoberto até mesmo como movimentar avatares dentro do Second Life utilizando apenas impulsos cerebrais, sem movimentos de mouse ou controlers. Isso tudo só tem se tornado possível porque o client do Second Life é um código aberto. E isso faz o interesse pela plataforma aumentar cada vez mais.”

“Outro movimento recente que promete muitas novidades em breve é o uso do Second Life como ambientação cinematográfica. As possibilidades de filmagem dentro do metaverso são radicamente distintas dos limites impostos pela realidade. Algumas séries americanas e alguns cineastas importantes já se concientizaram desse potencial.”

“Assim como ninguém gosta de banner gigante ou pop-up que recobre o conteúdo principal da página, os residentes do Second Life tendem a não gostar de prédios vazios com placas gigantescas em cima. Isso é pura poluição visual do metaverso. A publicidade no Second Life precisa estar integrada à oferta de conteúdo, seja ele cultural ou de entretenimento.”

“Talvez o Second Life possa ser o próximo browser da internet. Talvez outro mundo virtual cumpra melhor esta função. Para que o Second Life se expanda ainda mais ele precisa superar algumas etapas:
  • 1-abrir seu código de hosting, transformando-se assim em uma plataforma totalmente aberta, para permitir que diferentes países e empresas proponham novos modelos de hospedagem, capazes de ampliar a capacidade de residentes simultâneos em eventos e capazes de reduzir o consumo de máquina no client atualmente exigido.
  • 2-integrar a navegação 3D com a navegação 2D, permitindo deste modo acessar o conteúdo da web sem a quebra da experiência tridimensional.
  • 3-desenvolver interfaces aprimoradas que dispensem a instalação de um client específico e permitam que o metaverso seja acessado pelas mesmas interfaces por onde hoje se acessa a web.
A boa notícia é que essas três etapas já estão em pleno andamento, com testes avançados. É apenas uma questão de tempo descobrir quando o Second Life conseguirá implantar tudo isso para se tornar uma plataforma significativa e dominante ou se outros mundos virtuais encontrarão o caminho do sucesso antes disso.”

Entre todos os participantes, uma opinião é consenso. O Second Life pode não ser a interface 3D definitiva mas é certo que todas as experiências bem sucedidas nesta plataforma serão aprendizados valiosos para a operação das plataformas que surgirão no futuro. Para ver a grade de programação completa, acesse www.mundosvirtuais2007.com.br.

Press release: Margot Pavan
Conteúdo Second Life
www.ig.com.br . margot.pavan@ig.com
tel: 55 11 3065-9795
cel: 55 11 8384-1991

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