quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Japoneses criam tecnologias para tornar o Second Life ainda mais 'real'

Pesquisadores japoneses de duas universidades de Tóquio apresentaram recentemente novas tecnologias mais simples para movimentar avatares no metaverso da Linden Lab.

Novatos do Second Life são facilmente detectados quando seus avatares tropeçam por todo lado e vão de encontro aos objectos por causa da pouca prática dos usuários com os controles no teclado. As novas tecnologias japonesas podem ajudá-los a tornar mais simples a navegação no mundo virtual, deixando que os residentes utilizem seus corpos, ou até mesmo seus cérebros, para controlar avatares.

Assim, por exemplo, o novo sistema de detecção de posição desenvolvido pela Universidade de Tóquio usa um tapete pintado com códigos coloridos e uma simples câmera Web presa ao usuário, para calcular a sua posição em três dimensões. O usuário vira à esquerda e o avatar vira à esquerda. Se abaixa e o avatar segue o mesmo movimento. "Esta tecnologia te deixa usar os movimentos da vida real e os transpõem para o mundo virtual", disse o chefe da pesquisa daquela universidade, Michitaka Hirose, durante a demonstração.

Sistema segue movimentos

"O sistema consegue seguir os movimentos porque, quando o usuário se mexe, os padrões no tapete mudam na perspectiva da câmera e as imagens podem ser processadas para calcular a distância vertical e a inclinação", acrescentou Hirose. Também em Tóquio, na Universidade de Keio, outra equipe de pesquisa apresentou uma nova tecnologia que alcança ainda mais profundamente o usuário.

A tecnologia de Junichi Ushiba monitora a atividade cerebral, para que os jogadores possam movimentar seus avatares no Second Life, apenas pensando em comandos como “frente”, “direita” ou “esquerda”. "Esta interface usa elétrodos colocados na cabeça do usuário para sentir a atividade cerebral no córtex sensorial-motor, o qual controla os movimentos do corpo", segundo Ushiba. O software traduz depois a atividade cerebral em sinais que controlam o avatar.

Parar de pensar

A tecnologia pode detectar o quê o usuário está pensando porque, quando as pessoas imaginam mover o seu braço direito, o hemisfério esquerdo do cérebro é ativado e vice-versa, explicou o pesquisador. "A parte difícil é parar de pensar", afirmou o investigador Takashi Ono enquanto fazia o seu avatar dar uma volta através da vizinhança de uma Tóquio virtual no Second Life, usando a nova tecnologia.

Tanto Hirose como Ushiba dizem não ter ainda planos imediatos para comercializar as novas tecnologias, apesar de estarem registrando as patentes. Hirose afirmou que prevê a combinação dos sistemas de controle de avatares com consoles de videogames (como XBox 360º e Playstation 3). "Esta seria uma experiência virtual interativa por excelência", disse Hirose, acrescentando que "é nessa direção que caminhamos”.

Origem: USA Today.
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