quinta-feira, 8 de março de 2007

Capacete leva 'força do pensamento' a games e comunidades virtuais, como o Second Life

Novidade começará a ser vendida para desenvolvedores de jogos. Companhia afirma que usuários poderão comprar o capacete em 2008.


O sonho de consumo dos jogadores de videogame deve, finalmente, sair dos laboratórios de pesquisa e ser levado às prateleiras. Isso porque a empresa norte-americana Emotiv Systems vai começar nesta semana a vender um capacete que transforma os sinais cerebrais dos gamers em movimentos exibidos na tela. A novidade utiliza um sistema de eletroencefalograma, tecnologia também conhecida como EEG, que registra variações do potencial elétrico do cérebro.

O capacete -- sem preço divulgado -- será comercializado para desenvolvedores de videogame, para que eles possam criar jogos comandados pela “força do pensamento”. Segundo a publicação “Tecnology Review”, do Massachusetts Institute of Technology, o produto deve estar disponível para o grande público ainda no ano que vem.

O sistema da Emotiv tem três aplicações diferentes. Uma delas, que pode ser bastante útil para os jogadores do programa on-line Second Life, foi desenvolvida para identificar expressões faciais e transferi-las automaticamente aos avatares (personagens de jogos). Outra identifica emoções, como calma e empolgação. Já a terceira delas detecta intenções de movimentos, para que os jogadores consigam puxar, empurrar, rodar e levantar objetos virtuais.

Ao colocar o capacete, o usuário deve fazer com que os sensores toquem seu couro cabeludo, para que captem todas essas informações. Quando o jogador quer mover objetos na tela, deve “adestrar” o sistema, concentrando-se nessa ação durante cerca de dez segundos. “Nossa tecnologia tem uma capacidade de aprendizado muito grande. Quanto mais a pessoa se concentrar em uma missão, mais precisamente ele seguirá essas instruções mentais”, afirmou Tan Le, co-fundador da empresa.

Como o processo de patente da tecnologia ainda apresenta pendências, a companhia não divulgou mais detalhes sobre o sistema à “Technology Review”.

Fonte: G1

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