sábado, 10 de março de 2007

Linden Labs inicia combate à pratica de pedofilia virtual no Second Life

Após receberem alerta de ação judicial, a partir de promotores de justiça na Holanda, a Linden recrutou equipe apenas para tratar do assunto e percorrer todo o metaverso, atrás de locais, grupos e residentes que promovem tal prática.


Todos sabem que o Second Life tem por objetivo promover uma realidade paralela àquela ao qual estamos acostumados. O objetivo principal, no entanto (e além das questões financeiras óbvias), é promover a socialização sem fronteiras para aquelas pessoas que possuem problemas sérios neste sentido, ou que simplesmente querem expandir suas relações sociais e profissionais para outras regiões da Terra.

Há também o lado obscuro desta 'segunda realidade', onde residentes utilizam seu pretenso livre arbítrio na prática de ações somente para adultos. A prática de sexo virtual no Second Life já é algo corriqueiro e não chama tanto a atenção, a não ser daqueles que desejam ingressar no metaverso apenas para experimentarem estes prazeres.

Porém, é preocupante a constatação de que adeptos do pedofilismo descobriram o sistema de Linden como mais um campo para prática de sua conduta, achando simplesmente que não há controle ou moderação no mundo virtual. Pedófilos assumem seus avatares com características infanto-juvenis, ou procuram por avatares nestas características afim de efetivarem sua prática. Em certos casos, avatares infantis chegam a cobrar L$ 300 para 10 minutos de sexo com seus clientes.

Apesar do Second Life ser um sistema explicitamente voltado para maiores de 18 anos, não há controle sobre a idade de seus usuários, sendo comum encontrar uma verdadeira população de adolescentes e juvenis, alguns até com avatares e comportamento de adultos no mundo virtual. A Linden até lançou uma versão para adolescentes, mas tem sido inócuo pois os menores procuram por si sós efetuarem seus cadastros no metaverso principal, para maiores.

Preocupados com as influências que a pedofilia virtual pode exercer sobre estes jovens usuários, uma junta de promotores de justiça da Holanda enviou um comunicado oficial à Linden Labs, exigindo da controladora do Second Life ações enérgicas no combate a esta prática. Para evitar ações na justiça americana, a Linden prontamente iniciou procedimentos que visam o combate à pedofilia. Primeiro recrutou uma equipe de moderadores para 'vasculharem' em todos os meandros do mundo virtual, locais, grupos e residentes participantes de comunidades denominadas internacionalmente como 'ageplay'.


Alguns residentes rastreados e donos de lands receberam 'notecards' provinientes de Chadrick Linden, alertando que suas ações praticadas 'não estavam em conformidade com os padrões de conduta estipulados pela Linden Labs aos residentes do Second Life'. E acrescentou que 'a não suspensão destas atitudes poderiam acarretar banimento do mundo virtual'.

Vários grupos 'AgePlay's foram cancelados, porém outros surgiram na sequencia e até com maior ferocidade. O certo é que será uma batalha talvez sem fim, pois como censora a Linden tem o trabalho ingrato de coibir ações de pedófilos em um determinado local ou grupo, para depois constatar que seus participantes apenas 'se moveram' para outro local, cadastrando-se novamente com outros nomes e criando novos grupos e locais para prática da pedofilia virtual.

Não se pode, porém, saber exatamente se são crianças reais que estejam praticando sexo virtual com adultos. No entanto a própria Linden alerta aos pais que prestem atenção nas atividades de seus filhos dentro do Second Life e procurem orientá-las para não ingressarem nos locais de prática de sexo, com garotos ou garotas de programa e evitem ao máximo passar suas informações reais para estranhos.

Com informações do Metaversemessenger e do SL Herald.

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