sexta-feira, 6 de abril de 2007

Cassino vitual do Second Life anuncia restrição para residentes dos EUA

A primeira repercussão da entrada de investigadores do FBI, no universo Linden, indica que um cassino virtual, relacionado ao site PalmVegas.com, bloqueará apostas provenientes de avatares norte-americanos.


O grande destaque da imprensa internacional, especializada em Second Life e outros mundos virtuais, nesta semana foi a entrada do FBI no mundo virtual afim de investigar supostas redes de jogatina ilegal, praticadas ou geridas por americanos. Embora oficialmente a Linden Labs afirme que "não tomou conhecimento de nenhuma ação de oficiais da lei, no sentido de investigar práticas de jogatina no Second Life", a verdade é que a própria empresa convidou o bureau de investigação federal americano a fazer um levantamento detalhado dessa prática no metaverso, o que ainda está em pleno andamento.

Salvos alguns estados americanos, sediantes de cidades famosas como Atlanta e Las Vegas, que permitem a prática de jogos de azar, mediante pré-autorização judicial, na maioria do território americano a jogatina é considerada crime, passível de prisão. Nos Estados Unidos, cada estado tem suas próprias leis, cabendo aos seus representantes definir o que é e o que não é crime. O problema é que, como nos sites de internet que oferecem jogatina eletrônica, o Second Life não tem 'fronteiras' políticas e jurídicas. Então, tanto faz de onde você é, a jogatina está à sua plena disposição. Isso tem colocado as autoridades de outros estados americanos em alerta e várias solicitações de investigação foram feitas, para que restrições à esta prática sejam efetivadas.

Para evitar conseqüências penais, a Giddyup Casino, baseada nas British Virgin Islands, e ligada ao site europeu PalmVegas.com, anunciou que, em parceria firmada com a Linden Labs, estára bloqueando acesso e apostas provenientes de residentes com IPs sediados em todo os Estados Unidos, mesmo em estados onde a jogatina é permitida. A companhia de apostas diz que não quer ter seu nome envolvido direta ou indiretamente com o FBI, por causa dos usuários americanos, que diz preferir 'abrir mão deles para não perder o negócio'.

A declaração da Giddyup gerou protestos enfurecidos de usuários americanos, que prometem protestar junto à Linden pela decisão unilateral. Alguns dos reclamantes possuem negócios ligados ao cassino, aproveitando seu tráfego e atraindo para si atenção dos apostadores. Outros, auto-declarados apostadores, afirmam que o Second Life é 'solo eletrônico internacional', e que certas leis não se aplicam. Eles citam o problema da pedofilia virtual (já em embate com a Linden), que é 'muito mais grave e aparentemente sem controle'.

Independente dos protestos, a Linden Labs em nota oficial diz que dará todo apoio técnico à decisão da Giddyup afim de coibir a prática de jogatina pelos residentes americanos.

Com informações da Associated Press.
Foto: SL Insider.

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