terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Fim da linha para os bancos virtuais em operação no Second Life

Hoje é o último dia para que instituições financeiras, não regulamentadas, fechem as portas sem nenhuma retaliação. A ordem é da Linden Lab. Desobedientes terão suas contas suspensas, lindens apreendidos e serão investigados.

Conforme anunciou em seu blog oficial, semanas atrás, a Linden Lab estará proibindo a partir desta terça-feira (22) a operação de instituições financeiras virtuais não regulamentadas em seu universo Second Life. Após centenas de queixas de usuários, que foram prejudicados em escândalos financeiros envolvendo linden dólares, como o notório caso da Ginko Financial, a companhia gestora do metaverso optou, em caráter definitivo, vedar qualquer iniciativa deste tipo a partir de hoje.

A Linden explica que estas instituições ofereciam taxas de juros irreais, por aplicação, que em alguns casos chegava a 60% ao ano em rendimentos. Estes bancos, na prática, estavam captando recursos de forma duvidosa, não emitiam relatórios claros sobre a situação destes fundos de investimento, além de apresentarem uma comunicação deficitária com seus correntistas. Fatores estes que geraram, a um certo ponto, a desconfiança dos investidores. Estas situações, salienta a Linden Lab, colocaram a economia virtual de todo o Second Life em risco, principalmente após os anúncios de falências de alguns bancos 'grandes' e da posterior revelação das gestões fraudulentas praticadas nestas instituições.

"Não podemos permitir que esta atividade prossiga", diz a empresa em nota, salientando também que "a Linden não pretende e nunca será uma instituição regulatória", mas que apenas está protegendo seus interesses e os interesses de seus residentes, em manter seus negócios em crescimento.

Como ocorrido com o fechamento dos cassinos virtuais, em 2007 e por ordem direta do FBI (sob suspeita de estarem sendo usados para lavagem de dinheiro), a partir de hoje a Linden estará recolhendo todos os ATM's (terminais) bancários que forem encontrados ao longo das ilhas, não protegidos por contratos especiais e autorizações emitidas pelas autoridades governamentais de seus países de origem, junto à gestora do Second Life, para a prática de 'bankline' virtual. Usuários que forem flagrados reposicionando seus ATM's, a partir de hoje ilegais, terão suas contas suspensas e seus lindens apreendidos, entrando em processo investigatório até que decisões mais definitivas sejam tomadas.

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