sexta-feira, 1 de junho de 2007

Crianças ganham ‘Second Life’ educativo

Site Club Penguin promove brincadeiras e bate-papo para crianças pequenas. Usuário tem forma de pingüim e pode até decorar seu iglu.

Atualmente, as crianças começam a utilizar os computadores cada vez mais cedo, e os mundos virtuais podem ser uma forma interessante e divertida -- que vai além dos comunicadores instantâneos -- para interagir com pessoas. Pais atentos podem ficar preocupados quando seus filhos ingressam em programas como o Second Life -- onde, aliás, já houve escândalos envolvendo pedofilia --, mas podem se tranqüilizar com o Club Penguin.

Ao contrário do que acontece nos mundos virtuais habitados por adultos, essa é uma alternativa simples e didática, na qual as crianças e pré-adolescentes podem interagir usando avatares (personagens) de pingüim.

A ferramenta bastante popular nos Estados Unidos funciona basicamente como o Second Life, mas de forma simplificada, já que elimina a necessidade de downloads -- como convém para as crianças pequenas. E tudo é programado para que o universo seja infantil e não haja problemas: já na inscrição, o usuário é orientado a não utilizar seu nome verdadeiro. Ele precisa apenas selecionar um login, uma senha e a cor de seu pingüim para ingressar nesse universo onde a principal língua falada (ou melhor: digitada) é o inglês.

Os comandos são muito simples. O pingüim é controlado pelo mouse e basta clicar em um local para que o bicho se mova até lá. Para conversar com outro usuário, é só ficar perto dele e escrever a mensagem -- todas as pessoas que estão no ambiente podem ver as conversas mantidas no local. Também com o mouse, é possível selecionar ações pré-programadas, como acenar, abraçar, atirar bolas de neve e dançar.

Politicamente correto

Ao contrário do Second Life, onde o dinheiro virtual é comprado com moeda real, o Club Penguin distribui suas moedas aos usuários através de jogos, que vão de esqui e pescaria a aulas de culinária. O cenário é todo coberto por neve -- algo condizente com a situação dos pingüins -- e envolve pistas de esqui, restaurantes, danceterias, lojas, bibliotecas e até uma praia.

A página incentiva a boa conduta, já que os pequenos internautas podem avisar se alguém não está se comportando direito e são incentivados a dar bons exemplos. Ajudando os outros, por exemplo, ganha-se moedas. É possível comprar acessórios para personalizar o seu pingüim e até mesmo móveis e objetos de decoração -- cada usuário tem seu próprio iglu.

O internauta pode utilizar os cenários, participar de jogos e interagir com os outros usuários gratuitamente. No entanto, para personalizar e atuar de forma mais intensa no programa é preciso comprar um pacote, que custa US$ 5,95 por mês. Com ele, é possível adquirir roupas, acessórios, mobília e até um iglu mais amplo.

O Club Penguin é dividido por faixas etárias, sendo que os maiores de 17 anos são classificados como “muito velhos”. O site tem bastante cuidado com o conteúdo -- a todo momento são exibidas mensagens alertando os usuários a não divulgarem seus dados pessoais. A página também alerta, principalmente para os mais novos, sobre a necessidade de supervisão dos pais e mantém todas as conversas monitoradas por moderadores, que não permitem conteúdo impróprio.

Fonte: G1.

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