sexta-feira, 6 de julho de 2007

Primeiro gibi brasileiro é lançado no Second Life

Cenário do metaverso é usado para HQ inspirada em Nelson Rodrigues.

O Second Life significa mais que uma nova forma de se relacionar para a programadora e designer Patricia Claro. Ela encontrou no metaverso a oportunidade de se expressar pela arte e se tornou a autora da primeira história em quadrinhos brasileira produzida no SL.

É tudo virtual. Desde as "locações" do cenário em ilhas do metaverso ao roteiro e forma de divulgação, em arquivo PDF. Ela usa um blog e comunidades sobre o Second Life no Orkut para arregimentar leitores. O avatar de Patricia, Patou Dumont, demorou mais de um mês na produção. Contratou atores, comprou figurino, diagramou e fez a arte-final. Foram mais de 500 fotos em duas sessões. "E ainda perdi o material num acidente de ´limpeza´ do computador."

O conto que inspira o gibi também é de sua autoria, tendo por base o universo do escritor Nelson Rodrigues. A Garçonnière conta a história de um casal de amantes que vive na década de 1940 no Rio de Janeiro. Um jornalista do Correio da Manhã se envolve com uma mulher que, só depois, vai saber ser esposa de um grande amigo. Apaixona-se, mas precisa manter o namoro clandestino.

Patricia Claro é brasileira, mas mora em Nova York. Na vida real, trabalha como designer e programadora. No metaverso, é uma artista empreendedora – está com dois livros de fotografias em fase de pré-produção, um filme em andamento e se movimenta para abrir uma editora exclusivamente no SL.

Quando criança, Patricia sonhava saber desenhar. Rabiscava gibis, mas nenhum com qualidade o suficiente para "publicar". Teve a chance de superar a limitação na segunda vida. A cópia em PDF da HQ pode ser baixada no endereço www.second-news.net/?p=604.

Por Lucas Pretti
Fonte: Estadão.

Nenhum comentário: