sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Governo da China prepara mundo virtual para atrair consumidores globais

Projeto visa ligar consumidores do mundo todo às fábricas de produtos chineses. Iniciativa deve ficar pronta apenas a partir da metade de 2008.

Em um projeto ambicioso, a China planeja, nos próximos anos, ligar os consumidores diretamente às fábricas onde os produtos que eles querem comprar são feitos, permitindo pedidos de compras diretamente através de um mundo virtual. O governo chinês está construindo um grande mundo virtual chamado de Distrito de Recreação Cibernética de Pequim. Seus criadores afirmam que ele irá ajudar as indústrias a evoluírem para um comércio on-line bastante poderoso.

Especialistas dizem que o projeto é impossivelmente grandioso em seu objetivo de promover links diretos entre dezenas de milhares de fábricas chinesas e milhões de consumidores individuais pelo mundo. Porém, cada etiqueta “Made in China”, por exemplo, poderia incluir o site onde os consumidores teriam acesso a mais compras e as fabricantes chinesas produziriam os produtos que seriam enviados diretamente para a casa dos compradores, afirma Chi Tau Robert Lai, cientista chefe do mundo virtual.

O mundo 3D irá funcionar como a parte on-line do Distrito de Recreação da China, um parque, shopping e playground temático construído em Pequim para as Olimpíadas de 1008. A maior parte do sistema, incluindo os links diretos com os fabricantes, entretanto, não ficará pronta até pelo menos a metade do próximo ano.

“No longo prazo, a tecnologia nos irá permitir que façamos uma produção responsável baseada nas necessidades dos consumidores -– mas a maior experiência deles na realidade ainda está baseada nas lojas”, disse Robert L. Bartlett, consultor de lojas como Gap e Wal-Mart, entre outros. Para Lai, o novo mundo virtual poderia ser uma versão maior do eBay, que conecta compradores e vendedores de todo o mundo através da internet, tanto em leiloes quanto em vendas com preços fixos. O eBay está agora criando redes sociais nas quais usuários registrados podem discutir sobre qualquer assunto.

Além do comércio de produtos, que deverá render a maior parte dos lucros para a iniciativa chinesa, a rede também será palco para trocas culturais, encontros corporativos, aulas educacionais e outros eventos comuns em mundos virtuais. O registro será gratuito, diz Lai. Os usuários poderão comprar itens virtuais com cartões de crédito.

Origem: Associated Press.
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