A BusinessWeek disponibilizou um mini manual sobre como coibir ataques 'griefer', prevenir o vandalismo virtual e o que fazer quando sua propriedade estiver 'sob fogo'.
Enquanto mais empresas e grupos comerciais aderem à proposta do Second Life, eles também aprendem que suas propriedades são vulneráveis ao vandalismo virtual ('griefering'). Basta perguntar à CNET, por exemplo, o que aconteceu na entrevista realizada com Anshe Chung, quando órgãos sexuais masculinos se multiplicaram inundando a sala de entrevista. Tem também o caso do pré-candidato democrata, à Presidência dos Estados Unidos, John Edwards, quando seus comitês eleitorais do metaverso foram 'entupidos' de cartazes marxistas, leninistas e anti-americanos, incluindo imagens ofensivas.
Estes são casos clássicos que os 'griefers', como se auto proclamam os vândalos virtuais do Second Life, adoram mostrar ao mundo, promovendo desordem e desconforto no metaverso. Além disso existem casos de roubo, confusão, geração de lag e outros tipos de vandalismos relatados. Há quem diga que para evitar ser vítima desses arruaceiros, nada melhor do que 'abandonar o Second Life'. Decisão equivocada.
Alguns especialistas do metaverso Linden se juntaram e formaram o AGSO (Operações Especiais Anti-Griefer). Trata-se de um grupo de contra-resposta em que, há cerca de um mês, os integrantes abandonaram suas atividades comercias e, como voluntarios, passaram a tratar especialmente do assunto. Apoiados pela Linden Labs e por outras grandes empresas reais, presentes no metaverso, como a IBM, estes voluntários conseguiram na semana passada detectar e relatar a presença da arma 'Grid Destroyer', inutilizada pela equipe da Linden, conforme noticiamos no domingo. O grupo já lançou um banner, que pode ser posicionado em várias propriedades, informando que aquela land está 'Protegida e Monitorada pela AGSO' (em breve o Mundo Linden mostrará como aderir ao serviço, a princípio gratuito).
Entre alguns resultados positivos obtidos, o grupo de contra-resposta lançou, com exclusividade na BusinessWeek Online, 8 dicas para que o proprietário de terras no Second Life possa evitar ataques 'griefer' em seu local. Acompanhe:
• Escolha a melhor ferramenta de proteção
O Second Life é baseado em princípios de 'administração-própria', ou seja, proprietários de terras definem suas regras de comportamento. Comparados com outros mundos virtuais, o metaverso Linden é o que oferece maior personalização neste sentido.
• Crie listas ou grupo de convidados
Nas ilhas consideradas 'não-públicas', com acesso restrito, os donos das terras criam listas de nomes de avatares que podem entrar nelas. No entanto é mais fácil definir um terreno ou ilha a um grupo de trabalho, e incluir neste grupo somente aqueles autorizados a interagir no local.
• Bloqueie a construção pública de objetos
Ao definir um grupo para uma ilha, pode-se também indicar níveis de interação permitidos aos avatares. Salvo aqueles que serão parceiros, investidores ou locatários na sua ilha ou terreno, proiba à todos os outros a criação pública de objetos, modificando as definições de grupo na função 'everyone'. Isso impedirá a instalação de armas e outros objetos nocivos ao ambiente.
• Se puder, tenha sua própria ilha
Parece uma dica para as 'elites', porém o BusineesWeek menciona que apenas donos de ilhas tem poderes absolutos sobre estes locais. Inclusive com bloqueio de vôo e teleporte. Pode-se também ativar o sistema de anti-colisão, impedindo que objetos 'derrubem' outros, o que pode ocorrer caso bombas do tipo 'collision' sejam lançadas pelos griefers.
• Crie uma 'lista negra' de griefers
A AGSO estará lançando, junto com a IBM, uma lista de avatares considerados 'personas non-gratas' no metaverso. Além de baixar esta lista, o proprietário de terra poderá incluir novos avatares à mesma, que serão analisados e aprovados pelo grupo de contra-resposta.
• Ignore os vândalos
A Linden Labs recomenda ignorar e banir os griefers. Aqueles que apenas lançam ofensas e constrangimentos ao ambiente podem ser apenas 'silenciados'. Já os vândalos que usam armas, estes devem, por sugestão da Linden, ser banidos do local. Todo avatar que é banido de uma ilha, automaticamente entra em um grupo de 'observação e análise' da gestora do metaverso. Caso se confirmem as atitudes do bagunceiro, a Linden cancela seu avatar e todo seu inventário é perdido.
• Informe abusos à Linden
Toda ilha possui suas próprias regras de comportamento. Como dono de terra, você é a autoridade local e deve ser respeitado. Caso isso não ocorra, relate à Linden Labs o 'abuso' referente ao avatar em questão ou a um objeto indesejado posicionado por ele. Exemplo: é muito fácil identificar o dono de uma arma 'cage'. Basta clicar com o direiro do mouse sobre a 'gaiola' e você saberá quem lançou o objeto no terreno. Com mais dois cliques você reporta aquele 'abuso' à Linden Labs. Um verdadeiro 'dedo duro' virtual.
• "Não faça aos outros o que não quer que façam a você"
É o que diz Sandy Kearney, diretora do departamento de Mundos Virtuais e Internet 3D da IBM. Ela afirma que, em muitos casos, os 'griefers' praticam suas ações como medida de vingança. Acrescenta também que, "se você é dono de ilha, um pouco de respeito ao seus visitantes poderá lhe trazer simpatia e evitar prováveis situações de vandalismo e ataques".
Com informações da BusinessWeek Online.
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