sexta-feira, 26 de outubro de 2007

CSI:NY prova que o Second Life ainda tem muito a oferecer ao público

Episódio exibido no último dia 24, pela rede americana CBS, dá partida à maior ação publicitária e de entretenimento já realizada no mundo virtual da Linden Lab, desde a sua fundação.

Dizem que, no Brasil, aquela famosa matéria do Fantástico que abordava o Second Life foi uma espécie de 'divisor de águas' entre duas épocas do metaverso em nosso país: antes e depois de 2007. Foi naquela noite de domingo que o SL ficou realmente conhecido no Brasil, desencadeando inúmeras ações dos dois lados, público e empresas/instituições investidoras, tornando a comunidade brasileira a 2ª maior presença no Second Life, atualmente.


Cenas e cópias completas do episódio já circulam pela internet

Na noite da última quarta-feira (24), foi a vez dos americanos, enquanto nação e audiência massiva, serem 'apresentados' ao Second Life, através de um episódio da série CSI:NY, criada pelo produtor e roteirista Anthony E. Zuiker (que também criou outras duas séries da franquia - CSI e CSI Miami), e veiculada pelo canal aberto CBS para todos os Estados Unidos. A série mostra um time de cientistas e especialistas em cena criminal, que utilizam suas habilidades para desvendar crimes aparentemente insolúveis.

Nunca antes o Second Life experimentou uma publicidade tão gigantesca e arrojada. Muitos sabiam da sua existência, mas uma minoria. Estima-se que cerca de 15 milhões de telespectadores nos EUA tiveram seus televisores sintonizados na CBS enquanto o episódio "Down The Rabbit Hole" era exibido. Não por acaso. Durante 10 dias a rede exibiu centenas de spots informando sobre a exibição do dia 24. As imagens de um mundo eletrônico, atreladas a um ambiente e personagem já conhecidos do público, gerou uma curiosidade inevitável. O marketing viral também contribuiu para que CSI:NY registrasse a sua maior audiência na temporada, superando inclusive a audiência do último capítulo da segunda-temporada.

O episódio

"Down The Rabbit Hole", 5º episódio da 4ª temporada de CSI:NY, aborda um assassinato cometido à uma mulher, adepta do movimento 'Cosplay' e considerada uma 'cybercelebridade' em um mundo eletrônico chamado "Second Life". A equipe de CSI é chamada ao local e descobre as atividades cibernéticas da vítima, com buscas em seu computador. Pistas encontradas levam os detetives a crerem que a única forma de encontrar o assassino é associando-o a um avatar com o qual a mulher morta se relacionava.

A partir de então, o tempo das investigações é gasto primeiramente para se entender a estrutura de funcionamento do Second Life. Passada esta etapa, Mac Taylor (interpretado por Gary Sinise, de 'Forrest Gump' e 'Apollo 13') e seu assistente, o policial 'geek' Adam Ross (A.J. Buckley) começam uma divertida tarefa de preparar um 'avatar' que será usado por Mac para que se infiltre no sub-mundo onde habitam outros avatares e, talvez, localizar o avatar do assassino procurado.


Equipe tenta encontrar o avatar assassino no mundo real


Nas seqüências que se seguem, no episódio, Mac finalmente encontra o criminoso, dando início a duas frentes de investigação para a equipe de CSI: a que já ocorre no metaverso e outra no mundo real, liderada pela policial Stella Bonasera (Melina Kanakaredes), afim de identificar a fonte por onde o assassino se conecta ao Second Life, e assim pegá-lo. Não vamos contar aqui todo o episódio, que deverá passar no Brasil em 2008. Mas um dos pontos altos de "Down The Rabbit Hole" é uma luta travada em uma 'arena romana' em que o avatar de Mac Taylor tenta destruir o avatar criminoso, na prática apenas para mantê-lo conectado enquanto a outra equipe o tenta capturar na 'real life'.

Pelas cenas, observa-se um Second Life ligeiramente diferente daquele que conhecemos e no qual convivemos todos os dias. As imagens 'machinima' foram propositalmente aperfeiçoadas em qualidade visual e tiveram seu tempo de animação aceleradas para 30 frames por segundo (fps). A idéia da produção de CSI era fazer a história no metaverso se desenrolar tão agilmente quanto no mundo físico, para que não houvesse uma quebra de ritmo no episódio, como um todo. Quiséssemos nós que o Second Life fosse tão rápido quanto aquele apresentado em "Down The Rabbit Hole".

Virtual CSI:NY no Second Life

A exibição do episódio do dia 24 de Outubro, deu partida a maior e mais arrojada campanha publicitária da história do Second Life. Anthony E. Zuiker, CBS, Cisco e The Eletric Sheep Company firmaram uma parceria para integrar o seriado CSI:NY ao ambiente eletrônico do Second Life, oferecendo à sua audiência uma oportunidade única de se tornarem detetives e desvendarem mistérios preparados no metaverso.

Para isso, foram encomendadas cerca de 300 ilhas junto à Linden Lab, das quais 200 já foram entregues. Divididas em grupos de 4, as 'sims' simulam o setor central da ilha de Manhattan, onde o seriado é ambientado. Nestes grupos de ilhas, escondidos em prédios que replicam, quase que à perfeição, cartões postais da Big Apple (como o Empire State Building e o Chrysler Building), estão escondidos ítens que podem ajudar o visitante a solucionar um determinado crime. A medida que os crimes forem solucionados, as ilhas são 'zeradas' para que novos desafios sejam implementados e outros residentes possam também realizar suas investigações. As NY virtuais estão fartamente assistidas com painéis de auxílio que não deixam os visitantes, na sua grande maioria novatos do Second Life, se perderem entre tantos detalhes e recursos novos.


Spot oficial convida audiência a participar de Virtual CSI:NY


Novo navegador 3D

Enquanto Zuiker 'empresta' a marca CSI, a CBS dá todo suporte de mídia necessário para esta ação e a Cisco entra com os servidores (hardware) para hospedar as ilhas, a The Eletric Sheep Company ficou responsável por todo suporte técnico e de conteúdo dentro do Second Life. A agência é considerada, hoje, a maior em especialização SL do mundo. Além de construirem e replicarem as 300 ilhas do Virtual CSI:NY, e cuidarem da sua gestão técnica, a The Eletric também preparou um novo navegador 3D, o primeiro em seu gênero, com objetivo de facilitar o acesso da audiência a um mundo inteiramente novo e eletrônico. O lançamento foi feito poucas horas antes da exibição de "Down The Rabbit Hole".

O OnRez Viewer, como nosso blog já divulgou, é o primeiro navegador 3D produzido fora da Linden Lab, mas sob licença autoral. Já disponível para download, e uma vez instalado no micro do usuário, o OnRez leva o residente à uma das ilhas do Virtual CSI:NY, automaticamente, como nas ilhas de orientação que os veteranos conhecem bem. Este navegador é baseado no cliente original de Linden Lab, mas com diversas melhorias. A maior delas, em nossa opinião, é a possibilidade de se navegar por páginas de web sem a necessidade de um programa específico para isso, rodando paralelamente.

Zuiker, o maior dos fãs de Second Life

Todas as ações que observamos nas últimas semanas, que culminaram na exibição de um episódio inteiramente baseado no Second Life, em rede nacional americana, e na inauguração de um continente temático com cerca de 300 ilhas, vieram da cabeça de uma única pessoa: Anthony E. Zuiker.

Produtor e roteirista, criador das séries CSI, estrondoso sucesso nos EUA (e também no Brasil), foi apresentado ao Second Life ainda em 2007. Geek assumido, Zuiker rapidamente demonstrou sua paixão 'a primeira vista' pelo metaverso da Linden Lab, participando inclusive de diversos eventos relacionados ao próprio SL e a mundos virtuais em geral.

Zuiker desde então passou a estudar uma forma de incorporar o conceito Second Life à uma de suas séries. Como CSI:NY estava em pré-temporada, foi escolhida pelo seu criador para sediar um episódio sobre 'assassinos em mundos virtuais'. Todo staff da produção apoiou de pronto a iniciativa e passaram a trabalhar em cima disso. Não satisfeito, Zuiker 'bolou' um jeito de permitir que sua audiência pudesse também se tornar 'CSI', desvendando crimes fora do seriado. O objetivo era oferecer a cada um a experiência de investigação. Segundo o próprio Zuiker, "o Second Life reúne estas possibilidades, pois permite que pessoas do mundo inteiro se transformem em CSIs, sem precisar sair de casa".

Estava assim concebido o embrião do 'Virtual CSI:NY', que foi gerido em 6 meses, um recorde para uma ação de tal envergadura.

Para quem acha que as novidades param por aí, engano. "Down the Rabbit Hole" é apenas o ponto de partida para todas estas ações virtuais. CSI:NY terá um novo episódio baseado no Second Life, que será exibido em Fevereiro de 2008 e finalizará a maior campanha de mídia já realizada no metaverso, em toda sua existência. Quer fazer parte disso? Então siga estas pistas:

Virtual CSI:NY
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OnRez Viewer
CLIQUE AQUI para baixar, instalar e participar do Virtual CSI:NY.

CSI:NY
CLIQUE AQUI para acessar o site oficial do seriado.

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