segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Instituições de ensino encontram meios de diversificação no Second Life

Entre os fãs do Second Life, estão se alinhando as universidades e outras instituições de ensino. A razão desse alinhamento decorre do fato de o ambiente não ser somente uma mídia para divulgação.

As opiniões sobre o futuro do Second Life parecem estar divididas entre fãs e céticos. Depois de um início de alta expectativa, surgiram algumas opiniões menos entusiasmadas, alegando que a visitação propriamente dita seria baixa no ambiente virtual, apesar dos quase 10 milhões de avatares cadastrados. De outro lado, porém, estão os entusiastas do ambiente, motivados pelo alto nível de interatividade do sistema, especialmente depois do recente lançamento do recurso Voice, que permite o contato entre os avatares por meio do microfone e dos alto-falantes do computador, e não somente pelo chat de teclado.

Entre os fãs do Second Life, estão se alinhando as universidades e outras instituições de ensino. A razão desse alinhamento decorre do fato de o ambiente não ser somente uma mídia para divulgação, mas também um espaço para a sua atividade-fim, que é o ensino e a aprendizagem. Algumas instituições estão iniciando no ambiente uma nova modalidade pedagógica, na qual professores e alunos interagem em um ambiente virtual tridimensional.

Uma iniciativa desse tipo é a Cidade do Conhecimento 2.0, projeto liderado pela USP, em parceria com outras instituições, como a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Universidade de Brasília (UnB), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Faculdade Cásper Líbero, Universidade de Santo Amaro (Unisa) e Mackenzie, apresentado à sociedade no dia 28.

Antes disso, a Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES), entidade que reúne as instituições privadas de ensino superior, já mantinha no Second Life a Ilha Vestibular Brasil. Trata-se de um espaço onde existem ruas e lotes, como se fosse um condomínio. A ilha oferece aos seus participantes o espaço (lotes), e cada instituição se encarrega de construir seus prédios e salas, criando um ponto de encontro de professores, alunos e futuros alunos. Assim, os visitantes podem interagir de uma forma muito intensa, andar por suas dependências, conhecer escolas e pessoas de todo o Brasil, o que facilita o processo de escolher onde estudar.

Até o momento, 18 instituições confirmaram participação, algumas das quais já estão com prédios montados e abertos para o público virtual:

  • Anhangüera Educacional
  • Centro Universitário Belas Artes de São Paulo
  • Centro Universitário do Espírito Santo - Unesc
  • Centro Universitário do Sul de Minas - Unis-MG
  • Centro Universitário Monte Serrat - Unimonte
  • Centro Universitário Radial
  • Centro Universitário UNA
  • COC Sistema de Ensino
  • Escola Superior Aberta do Brasil - ESAB
  • Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais
  • Faculdades Integradas Hélio Alonso - Facha
  • Faculdades Nordeste - Fanor
  • Fundação Getúlio Vargas de São Paulo - FGV-SP
  • Instituto Catarinense de Pós-Graduação
  • Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC-SP
  • Senac São Paulo
  • Universidade Anhembi Morumbi
  • Universidade Tuiuti do Paraná

A lista não pára de crescer. A previsão do projeto é reunir cerca de 200 instituições de ensino superior. Para chegar à ilha, após entrar no ambiente do Second Life, deve-se fazer uma busca por "vestibular", "universidade" ou "faculdade". A ilha aparece usualmente como o lugar mais visitado para qualquer uma dessas palavras-chaves. O lançamento formal do projeto está agendado para 11 de setembro, às 18h30, na sede da ABMES em Brasília.

Escrito por Daniela Domingues, para o SEGS

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