terça-feira, 25 de setembro de 2007

Second Life na lupa do Debaguete

“O SL ainda vai evoluir muito, mas a pergunta é: vou esperar tudo ficar pronto ou vou investir agora, ser pioneiro, para depois não me arrepender dos espaços e oportunidades que perdi?”, disse Leandro Pompermaier, da Vialak.

O Second Life é um daqueles casos clássicos de “ame ou odeie”. Foi o que demonstrou o 10º Debaguete, realizado nesta terça-feira, 25, no Seprorgs, em Porto Alegre. No evento, promovido pelo Baguete Diário, a mesa de debatedores contou com Leandro Pompermaier, da Vialak; Aline Megiolaro, da Delanno; e Roberto Ribas, da Brívia e Agadi.

Um belo espaço de interação, conforme define Pompermaier, o Second Life ainda deixa dúvidas quanto aos resultados que pode gerar para empresas que decidirem investir no metaverso. “Meu grande pé atrás com o SL é que não mostra retorno, e durante a bolha da web já se viu exemplos de companhias que investiram em experimentos na web, na presença virtual, e tiveram prejuízos”, avaliou Ribas.

“Os resultados vêm em reforço de marca e em inovação”, contrapõe Pompermaier. “É uma questão de timing. O SL ainda vai evoluir muito, mas a pergunta é: vou esperar tudo ficar pronto ou vou investir agora, ser pioneiro, para depois não me arrepender dos espaços e oportunidades que perdi?”, completou.

A Delanno, primeira loja de móveis do país a se instalar no metaverso, engorda a teoria de Pompermaier. “Aproveitamos para nos lançar no dia em que o site foi oficialmente lançado no Brasil, o que nos deu muita exposição de mídia”, comentou Aline. “Nossa intenção não é vender, fazer negócios no portal, mas sim divulgar a marca. E isso temos conseguido, são em torno de 500 visitas/mês à loja virtual”, acrescentou.

Para Ribas, entretanto, não é suficiente. “Concordo que funcione para reforço de marca. Por outro lado, há hoje muitos sites bastante interativos, onde também ser pode mostrar produtos, falar com atendentes, sem as barreiras do SL”, analisou. Quanto às tais “barreiras”, o diretor da Brívia ressaltou especialmente o hardware necessário para rodar o metaverso. “Atualmente, qualquer rede de varejo vende muitos PCs e notebooks, e as pessoas que os compram já ingressam neste mundo com a Internet. Isso já é disseminado. Porém, a maioria destas máquinas não comporta o SL. Desta forma, a resposta do público ao site será lenta”, complementou.

A opinião de Ribas, no entanto, não é totalmente apocalíptica. “Acredito que o SL tenha seu lado bom, basta ter objetivo. A Delanno, por exemplo, queria reforço de marca e conseguiu. O Second Life não vai se consolidar como um ambiente único, evoluído ou separado da web. Porém, é certo que vai influencia-la”, explicou.

Investimento mínimo: R$ 3 mil

Divisão do Grupo e-Core destinada especialmente à execução de projetos corporativos no Second Life, a Vialak foi lançada em junho, prometendo faturamento de R$ 150 mil dentro de 12 meses. A empresa criou e inaugurou, em 12 de julho, a Ilha Brasil Sul, terreno virtual para aluguel de espaços corporativos no metaverso que hoje é a terceira mais visitada do país

No local, as companhias podem expor produtos, testa-los antes do lançamento real, estreitar o relacionamento com clientes e realizar eventos e treinamentos via e-learning. O investimento mínimo, segundo a direção da empresa gaúcha, é difícil de precisar, mas não fica abaixo de R$ 3 mil. Um espaço de 2 mil metros quadrados na Ilha Brasil Sul, por exemplo, custa aproximadamente R$ 6 mil. O Debaguete conta com patrocínio, desde sua primeira edição, Plug In e Intelig.

Origem: Baguete.

Nenhum comentário: