terça-feira, 26 de junho de 2007

Philip Rosedale: 'Second Life terá filtro de acesso por país'

De acordo com entrevista concedida pelo CEO da Linden Lab à publicação alemã 'Focus', o Second Life 'saberá' muito em breve de qual país o residente está acessando o metaverso.

A Linden Lab não está medindo esforços para se 'enquadrar' junto aos governos internacionais, no sentido de dificultar a prática de atos ilícitos em seu mundo virtual. Em entrevista publicada neste final de semana, o CEO da empresa, Philip Rosedale (na foto, como 'Philip Linden'), revelou que está em estágio avançado de desenvolvimento um sistema de 'filtragem de acesso regional'. Ou seja, quando pronto o sistema permitirá ao Second Life e à Linden Lab identificar de qual país se origina um determinado acesso. Entre as primeiras vantagens relacionadas por ele, estão a possibilidade do navegador assumir o idioma local, automaticamente no primeiro acesso, e o acesso imediato à ilhas de instrução credenciadas pela Linden Lab em determinados países.

Questionado sobre a questão da criminalidade do metaverso, Rosedale reivindicou que os governos passem a agir com mais objetividade no sentido de identificar os contraventores. Seu novo sistema de filtragem por país, segundo ele, tornará mais fácil encaminhar ocorrências denunciadas e detectadas pela Linden à um determinado governo, do país por onde o residente criminoso acessou o Second Life. Até então, esta identificação é em certos casos 'impossível'.

Rosedale acrescenta que os governos desses países poderão criar 'convênios' com a empresa e passar e impor suas leis aos seus residentes, mesmo dentro do Second Life. Ele cita o exemplo da Alemanha, que poderá definir ela mesmo a idade mínima para se acessar o metaverso. A idade de 18 anos é internacionalmente conhecida pela entrada do jovem à maioridade física. Porém, em outros países, como no Brasil, a maioridade civil é alcançada aos 21 anos, quando um brasileiro pode se casar, por exemplo, sem a permissão legal dos pais.

Algumas perguntas da 'Focus' ficaram sem resposta por parte de Rosedale. Como no caso da pornografia infantil, que ainda é tabu na Linden. O CEO desconversou, indicando apenas que sua empresa está tomando todas as 'medidas' para conter o problema e atingir uma 'solução eficiente' nos próximos meses. Entre estas 'medidas', está a verificação de idade prometida pela Linden mas ainda não implementada. Com o novo sistema, os residentes criariam uma espécie de assinatura digital por onde se constataria sua idade legal. Mas a Linden admite que existem muitas 'lacunas' a serem preenchidas tecnicamente para que o procedimento funcione na prática.

Finalizando a entrevista, Rosedale foi perguntado em até que ponto permitiria que os governos internacionais apliquem regras em seu universo particular. "Tudo o que queremos é um ponto de equilíbrio e um bom diálogo com estes governantes. Queremos provar ao mundo que o Second Life é democrático e que não haverá ditadura. Pelo contrário, queremos manter a ordem no metaverso e com uma certa liberdade. Mas essa 'ordem' não pode ser alcançada sem regras. E sem 'regras' o Second Life se tornaria um mundo de anarquia e permissividade, o que não admitiremos em nenhuma circunstância. Mas para isso precisamos ter os governos internacionais como parceiros, para que juntos possamos aplicar estas regras, com equilíbrio e democraticamente".

Com informações da Focus Magazine.

Um comentário:

Anônimo disse...

abriu a ilha do Pan