quinta-feira, 28 de junho de 2007

Second Life brasileiro realiza sua primeira Parada Gay

Festa marca abertura de espaço GLS fixo na Ilha Gomorra, território brasileiro.

Avatares do público gay invadiram a Ilha Gomorra na tarde desta quinta-feira, dia 28, para participar da 1ª Parada Gay do Second Life Brasil. Promovido pela ONG GLS Brasil, o evento foi pioneiro no metaverso ao reunir militantes da causa gay em festa com DJ, dragqueen, gogo boy e distribuição de brindes.


A afluência de publico na pista de dança virtual reuniu picos de mais de 36 usuários simultâneos. A organização do evento, não divulgou ainda o total de participantes que passaram pela parada. O número de acessos foi suficiente para congestionar o sistema de transmissão de áudio e processamento de gráficos.

Ambiente colorido

A Ilha Gomorra, um dos territórios brasileiros do Second Life, preparou um ambiente diferenciado para a festa. Foram instaladas bandeiras com cores do arco-íris, um palco, além de pista de dança animada. Havia também comandos específicos para dançar e beijar outros avatares.

A DJ Cherry comandou as picapes, dominadas por música eletrônica, principalmente house e psy, gosto típico do público GLS. Todos os avatares receberam bandeiras e camisetas grátis da parada. Ela chegou, inclusive, a mencionar ao público que a festa estava sendo coberta pela reportagem do MetaNews, jornal que o Grupo Estado fará para os usuários do Second Life Brasil.

Segundo uma das organizadoras, Kicka Lubitsch (nome do avatar), a ONG tem 355 membros no mundo real. "Se todos vierem, a ilha não vai agüentar", disse pouco antes de a festa começar. Os lags se limitaram a momentos críticos, como o início da transmissão em streaming e alguns usuários tiveram problemas para acessar o metaverso.

Como na Parada GLBT de São Paulo, nem todos os participantes eram gays. Mas todos os avatares vestiam roupas descoladas e acessórios exclusivos - o que significa status no SL. Os residentes, ao mesmo tempo que dançavam, paqueravam os outros avatares por meio de mensagens instantâneas, um dos recursos do programa. Houve espaço até para tiradas bem humoradas. "Quanta mulher linda. Que pena que eu gosto de homem", exclamou o avatar Andrey Maertens.

A festa durou mais de uma hora, o suficiente para "amanhecer" segundo o horário da segunda vida. A ONG GLS Brasil se organiza para promover uma parada virtual todos os anos e vai construir um espaço exclusivo para o público gay na Ilha Gomorra, com bar, boate, sauna e motel. Além do Estadão, jornalistas da revista G Magazine cobriram o evento.

Por Lucas Pretti.
Fonte: Estadão.

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