quarta-feira, 11 de julho de 2007

Linden Lab é forçada a revelar nome real de avatar que 'pirateou' cama erótica

Processo envolve plágio de tecnologia usada no Second Life.

A Justiça norte-americana obrigou a Linden Lab, empresa que desenvolve o mundo virtual do Second Life, a revelar o nome real do avatar Volkov Catteneo. Ele está sendo processado por outro avatar, Stroker Serpentine, por infringir a lei de direitos autorais (conforme informou o Mundo Linden, semana passada). É uma das primeiras ações da Justiça que considera a personificação dos usuários no mundo virtual como pessoas físicas. O "dono" de Stroker Serpentine, Kevin Alderman, é proprietário da empresa Eros LLC dentro do metaverso e acusa Volkov Catteneo de copiar a linha de programação de seu principal produto, uma cama de sexo.

No Second Life, objetos podem fazer com que os avatares se movimentem de forma específica. A cama, com nome "SexGen Bed", é capaz de programar mais de 150 posições sexuais diferentes, muito parecidas às da vida real. O objeto custa 12 mil linden dollars (a moeda do jogo), o equivalente a R$ 84,76. Já foram vendidas cerca de 100 mil unidades. Devido ao sucesso comercial, a cama teria sido plagiada e vendida por um terço do preço original, o que motivou Alderman a procurar a Justiça comum. Não há tribunais ou legislação específica no metaverso. A única punição prevista é a expulsão do jogo de avatares que promovam baderna, ou "griefers".

Como o objeto era vendido pela Web, o site de comércio eletrônico PayPal também foi intimado a revelar a identidade do porta-voz de Volkov Catteneo. À Linden Lab foram solicitadas ainda as transações comerciais, conversas em chat, endereços de IP e números dos cartões de crédito associados ao suposto fraudador. As empresas tem até o dia 20 de julho para cumprir a ordem ou entrar com recurso judicial. O avatar Volkov Catteneo, em entrevista à Reuters, desafiou seu oponente.“A Linden e a PayPal não têm como ajudar Stroker Serpentine”, disse em entrevista no Second Life.

Por Lucas Pretti
Fonte: Estadão.

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