Político português faz campanha no Second Life
António Costa busca votos para se eleger presidente da Câmara de Lisboa.
O candidato à presidência da Câmara Municipal de Lisboa, capital de Portugal, está usando o Second Life para angariar votos. O político António Costa, do Partido Socialista, estreou seu avatar no sábado, dia 7, mais magro e forte que na vida real. A notícia repercutiu no mundo inteiro por ser o primeiro candidato a cargo político a pedir votos formalmente no metaverso. Outros líderes como o ex-vice-presidente americano Al Gore, militante de causas ambientais, já fez propaganda política no SL, mas não com fins eleitorais.
O ministro da Infra-estrutura da Itália, Antonio Di Pietro, é outro que participará de conferência no metaverso para discutir com avatares e imprensa as possíveis aplicações do mundo virtual na política. O evento será na quinta-feira, 12. A comunidade de residentes portugueses, uma das maiores do mundo, fez tantas referências a notícias relacionadas a António Costa que o assunto ficou entre os mais acessados no ranking do Google News na semana passada. O blog lusitano Área 51 1/2 "cobriu" a inauguração da sede do Partido Socialista e fez uma montagem de fotos com o rosto de Costa na vida real em cima do corpo de avatar.
Artigo critica uso de avatares pelos políticos
Em artigo publicado na edição de julho da revista Science, a pesquisadora Judith Donath, do Massachusetts Institute of Technology (MIT), mostra preocupação no uso de avatares com finalidade política. Em pesquisa com usuários de metaversos, principalmente o Second Life, Judith descobriu que bonecos mais realistas e bem vestidos, com aparência mais bonita, provocam mais confiança nos interlocutores, além de parecerem mais honestos. Ela não acha positivo o uso de simulacros como meio de convencer eleitores virtuais. Seria uma forma de manipular informações do candidato por meio do avatar. Diz ela no artigo: "No futuro, políticos podem usar plataformas virtuais para convencer eleitores pela aparência do avatar". No futuro, não. Hoje.
Por Lucas Pretti
Fonte: Estadão.
quarta-feira, 11 de julho de 2007
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