terça-feira, 24 de abril de 2007

Copacabana virtual entra no ar; São Paulo ainda fechada

Second Life Brasil liberou o acesso para as ilhas que compõe a réplica virtual da famosa praia carioca

[Atualização : 12:25] Após seguidos atrasos, o mundo virtual do Second Life Brasil (SLB) finalmente é uma realidade. Nesta semana entra no ar a versão brasileira do jogo — primeira a funcionar fora dos Estados Unidos. O mundo paralelo é uma mistura de site de relacionamento e game, sem qualquer objetivo definido ou regra, e já é febre no mundo todo. A versão tupiniquim chega para consolidar o sucesso da brincadeira entre os brasileiros. A mania dos avatares — personagens criados por cada usuário para participar do site — conquistou de vez os brasucas, que hoje são mais de 200 mil, entre os 5 milhões de usuários de todo o mundo. .


O SLB é mais do que uma versão em português. O serviço vai regionalizar o site, com inclusão de cartões postais brasileiros, como a praia de Copacabana, e áreas famosas como o centro de São Paulo. “Será um arquipélago onde acrescentaremos outras áreas, como partes das cidades de Porto Alegre, Brasília e Manaus”, explicou Emiliano de Castro, diretor de Marketing do SLB. A perspectiva da Kaisen, empresa responsável pelo SLB, é uma ampliação de 200 a 300 mil metros quadrados todo mês. Para Castro, o site brasileiro será uma oportunidade para a entrada de novos usuários. Além da quebra da barreira da língua, a nova versão permite que os lindens, a moeda de troca local, sejam adquiridos com Real, através de cartão de crédito nacional.

Como onde tem gente sempre existe alguma empresa atrás de potenciais compradores, o Second Life Brasil também deverá ser invadido por empresas e profissionais autônomos. Paulo Ferraz é um, entre os que irão investir neste mundo virtual. Advogado especializado em empresas, ele já faz assessoria jurídica e empresarial para quem deseja montar negócios no site. “As empresas estão vendo no Second Life uma oportunidade de fazer marketing mais barato e eficiente, mas ao entrar lá muitas empresas podem encontrar problemas com a marca. É preciso ter cuidado”, explica. O advogado já tem o seu avatar (Ceasar Lane) e com a chegada dos ambientes brasileiros quer montar um escritório dentro do site.

Apesar das dúvidas do que esperar o SL, os investimentos no site são cada vez mais reais. “Ninguém sabe direito o que é o Second Life, mas todo mundo tem certeza de que tem que estar lá”, brincou o diretor de marketing da Tecnisa, Romeo Busarello. A construtora já tem estande montado na versão mundial e comemora os resultados da investida. “Já tivemos 62 visitas, o que é muito satisfatório” . A idéia é que as vendas comecem a ser concretizadas no próprio SL. Lá o cliente é recebido por um corretor e tem acesso a uma maquete do edifício que está a venda.

“Estamos planejando fazer um apartamento mesmo para mostrarmos aos futuros donos, mas não está fácil encontrar profissionais de 3D para trabalhar no projeto”, explica Busarello. A Rossi também aderiu ao universo 3D e tem até uma réplica virtual de um prédio à venda em São Paulo. Quando o cliente adquire um apartamento “de verdade”, ganha sua versão online e pode, inclusive, começar a interagir com os futuros vizinhos do prédio que será entregue em 2010.

A aposta nos investimentos é tanta que as duas responsáveis pela versão brasileira, o portal iG e a Kaizen Games, lançaram no mercado pacotes publicitários para o ambiente virtual. A preços que variam dos nada modestos R$ 30 mil até R$ 100 mil por mês. As investidas das empresas podem incluir desde espaços para anúncios, como os guarda-sóis da praia de Copacabana, outdoors e relógios com a marca ou ainda a realização de palestras e festas. “A procura das empresas pelos espaços publicitários tem sido, não só grande, como assustadora”, destacou Castro. Tudo para movimentar em Real o mundo Second Life. Veja mais fotos:



Fonte: Pernambuco.com

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